23 de outubro de 2011

Sob o olhar do poeta


  Naquela tarde azulada , saboreava o café adoçado pelos  meus versos,
" fumaçando "da xícara , meus pensamentos em ebulição a cada gole.
O mundo , visto sob minhas esfumaçadas lentes ganhava novos matizes, sinuosos
contornos e indecifráveis seres que por elas eram vistos .
Eis como um caleidoscópio , uma gota evaporada e percebi mais a frente
a moça e sua lágrima derramada.
Ah, se minhas míopes lentes tomassem coragem  em exato instante, eu diria :
-Por que choras  bela donzela?
-Tens um jardim de poemas em tua imaculada alma,se olhasses a folha de papel como enamora-se dos espelhos que vês,  
na folha fria refletida tua beleza , o verso se faria;
mas preferes escrever um poema de lágrimas.

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